E quando tudo parecia se perder, eu encontrei. A tal luz no fim do túnel me iluminou completamente, de ponta a ponta.. Eu parecia ter encontrado o meu rumo, e o mais importante, sozinha! Os mapas da saudade me levavam a lugares distantes, no passado, onde eu definitivamente não queria estar.. Não naquela hora. Buscava bússolas consoladoras, que eu esperava que apontassem para o futuro, brilhante. Tão brilhante que em uma das milhões de tentativas, eu consegui enxergar e acabei me cegando. Deixei de ver.. Só pensava, agia, tudo muito rapidamente. Os caminhos iam se abrindo de acordo com o que eu imaginava que aconteceria, óbvio que não acertei todas as previsões, mas algumas delas foram realizadas exatamente como eu esperava que fossem. Meu mundo continuava preto e branco, mas não por falta de cor. Passei a preferir o básico, nada de vermelhos vivos da paixão, rosas pinks do amor, apenas uns toques de verde esperança e azul sorte, que eu esperava ter para não tropeçar nas pedras, que por acaso, eu não conseguia enxergar firmemente. Os avermelhados foram surgindo depois, e criando levemente um tom de rosa bebê, os sorrisos aparecendo, e os meus olhos aprendendo a ver novamente. Como quem volta a ser criança, passei a maior parte do meu tempo brincando.. Não de boneca, casinha e essas coisas todas. Brincadeiras úteis me agradam mais, e falar sério é agora o meu forte. Brinquei de amar, de sorrir e de chorar. Acabei chorando mesmo, sorrindo muito e amando inexplicavelmente.. Mas como tudo na vida, a maioria das sensações passaram, por eu não ser tão madura assim, a ponto de suportar esses tipos de sentimento, que cegam pessoas sãs e destroem pouco a pouco o que chamam de realização. Aprendi a me reerguer, passei a me amar um pouco mais e consequentemente soube abrir meu coração, e dá-lo à quem eu realmente queria que tivesse-o. Cai, levantei, cai. Aprendi mais com os tombos e tristezas, do que com os sorrisos e realizações. Gostei da dor, do amor, mas gostei mais de mim. O impossível, passou a ser possível e os sonhos irreais e planos, que eu tinha durante todas as noites em claro, passaram a se realizar tornando-se um mar de felicidade. Passei a ser eu, como forma e cor. Rosa do amor, vermelho da paixão, azul da sorte e principalmente verde da esperança..
terça-feira, 3 de agosto de 2010
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