quarta-feira, 9 de junho de 2010

Passa-se o tempo.

Parar para pensar nas mudanças drásticas que ocorreram nos últimos tempos me traz sensações de alívio e dor. Não só parece contraditório, é. Os baús de lembranças inteiras, ficaram pela metade, por ter deixado com alguém, em algum lugar do mundo, uma boa parte de mim. Não propositalmente, é claro. Adoraria ser inteira. Esvaziei a mente e busquei não pensar em nada, meu pensamento correu pra muito longe, por livre e espontânea vontade, não chegando a lugar algum. Acabei lembrando-me da dor da decepção, quis chorar, meu lábios começaram a tremer como se estivessem suplicando para que toda aquela dor passasse, deixasse-me seguir. Derramei algumas poucas lágrimas, de olhos fechados, para não ter que enxergar a minha fraqueza. Pouquíssimos segundos se passaram e consegui, de um jeito que até eu desconheço, distrair a minha leve mente sem lembranças. Meu pensamento parou em sonhos, obras imaginárias de um futuro que se tornou passado próximo. Fantasias bobas, amores impossíveis.. Se pelo menos um pouco disso tivesse fundamento eu não estaria dessa forma. Bobagens não mexem mais comigo, não abalam-me, estou imóvel, mas não morta. Continuo aqui, respirando o resto de ar que me sobra por onde eu passo. Tentando completar fases de um jogo sem fim, no qual nenhum de nós é o vencedor.
Falta de problema, também é um problema! Pelo menos pra mim.