sábado, 9 de abril de 2011

Dez segundos.

Repentinamente, seu coração congela. Não bate, não se move, não pulsa quando você pensa em determinado nome. Sua mente para, passando a não procurar razão nenhuma para tal estresse, tal sensação "anti-sentimento". São sintomas de uma doença incurável, mas não tão duradoura. Durante dez segundos passam-se milhões de pensamentos irracionais e magnificamente dolorosos por sua cabeça. "Chega, eu já não quero mais te ver agora". "Vem, fica perto de mim". "Vai, a porta esteve aberta o tempo todo, sai". "É amor demais, é coisa de Deus".
Mistos. Bipolares. Insensíveis. Irremediáveis.
Confusão formada. Querer ou não? O poder de escolha nem sempre é favorável. A situação pede calma, controle e o inconsciente traz para o consciente todas as dores dos prós e dos contras. Tudo ao mesmo tempo. Tudo ao mesmo tempo. Tudo ao mesmo tempo. Como numa repetição incessante, as marteladas de dor de cabeça, ritmadas, destroem o sentimento de alívio. Os intervalos se acabam, deixa de parecer repetição, parece sequência. Lentíssimo, lento, médio, rápido. Rápido. Rápido. Tão rápido e repentino quanto a sensação do coração congelado dentro de seu peito.
Tudo em dez intermináveis segundos.

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