quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ainda que a capacidade de fingir-me forte fosse grande, aquele sentimento, que se tornara minúsculo depois de tamanhas decepções, fazia-se presente como se nenhuma modificação houvesse ocorrido. a emoção de sentir, habitava o meu corpo de forma inesperada e irracional. eu não queria e ainda assim era obrigada a aceitar tal situação. meu coração acelerado gritava por socorro, por remédio ou até mesmo por amor. eu havia mexido com fogo e estava prestes a me queimar pela milésima vez. mas o meu medo não era esse. a adrenalina do momento não me deixou acordar, mas pude abrir os olhos. eu podia ver, mas não enxergava e nem sentia o peso do arrependimento que chegava, segundo a segundo, cada vez mais perto de mim. um sorriso torto e discreto se fez presente em minha face, mas não era felicidade, pelo contrário, ao abrir aquele tipo de sorriso eu queria mesmo era esconder a fragilidade através de um ato que pudesse demonstrar uma força que na verdade, nunca existiu !

Nenhum comentário:

Postar um comentário