era noite de quinta-feira e eu ainda tinha muito o que fazer. tinha que preparar a minha matéria semanal para o jornal do sábado. tinha que dar uma limpada rápida na casa e preparar o lanche que meus filhos iriam levar para a escola no dia seguinte. eu estava atolada de trabalho. e pra piorar ainda mais a minha situação. minha amiga karla me ligou querendo conselhos sobre o que fazer com o filho que não estudava de jeito nenhum. tentei despista-la de qualquer forma. mas ela insistiu. até que eu fui obrigada a ceder. mesmo não sabendo como ajudar. e esse sempre foi o meu grande defeito. ajudar aos outros quando eu tinha muito o que fazer pra mim. eu nunca conseguia completar totalmente as minhas tarefas, pois sempre tinha alguém pedindo uma ajudinha aqui e outra ali e eu, como nunca consegui negar nada a ninguém, sempre estive disposta a judar. nesse dia, a mesma coisa aconteceu. cheia de afazeres e não conseguindo despistar a karla, não consegui terminar todas aquelas tarefas que pareciam crescer a cada segundo. meus filhos já tinham ido dormir e eu ainda não fazia nem ideia sobre o que escrever na matéria. deixei a faxina para o dia seguinte. mas ainda tinha que arrumar o lanche. fui até o armário da cozinha e então.. não tinha comprado pães e frios. me desesperei imediatamente. como é que eu ia preparar lanche sendo que não havia nada da despensa ? peguei dois pacotinhos de bolacha e coloquei na bolsa deles. me livrei de um dos afazeres. porém.. ainda havia o mais importante e o mais dificil de todos. a maldita matéria. e o sono ja tomava conta do meu consciente. eu nem abria os olhos direito. mas comecei a escrever mesmo assim. não cheguei nem ao segundo parágrafo quando cai em cima da mesa. de tanto cansaço. para ajudar acordei atrasada. meus filhos perderam as primeiras aulas e eu não cheguei ao jornal no horário certo. levei uma bronca. tropecei no pé da mesa e percebi que aquele, não era mesmo meu dia de sorte.
terça-feira, 21 de julho de 2009
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