meu nome é alicye. e vou contar-lhes a minha história. meu pai faleceu quando eu ainda era criança. minha mãe insistia em mentir pra mim e meu irmão decidiu sair de casa pra viver a vida dele longe de nós. eu sempre estudei na mesma escola. com as mesmas pessoas. os mesmo professores. a mesmisse cômoda que eu estava acostumada. quando minha mãe completou 46 anos eu tinha 16 e meio e estava andando com a galera "barra pesada" da escola. saia escondido. matava aula. e não tava nem aí pro que falariam ou não de mim. comecei a beber. a fumar e me envolvi com maconha e cocaína. as minhas velhas amigas nem olhavam mais na minha cara. minha mãe. completamente doente. não tinha condições de me ajudar e o meu irmão. bom.. até hoje eu não sei onde ele está e nem ao menos quem ele é. todos os membros da minha galera tentavam colocar na minha cabeça que eu já tinha me tornado independente e que daquele dia em diante eu teria que seguir uma vida sozinha. chegava em casa. quatro, cinco horas da manhã e corria ver a minha mãe. ver se ela tinha tido uma melhora. mas eu nunca conseguia ver um sorriso sequer em seu rosto. ela mal abria os olhos. e quando abria a única coisa que eu podia enxergar eram aqueles olhos me olhando com jeito de insatisfação e descontentamento. mas pra mim tudo aquilo era indiferente. quando deitava minha cabeça no travesseiro vinha o concentimento. o arrependimento e consequentemente as lágrimas de dor. de ódio de mim. certa noite uma velha amiga minha. rafaella. me viu fumando maconha na praça da cidade onde na época. nós morávamos. me puxou pelo braço e disse que se eu não começasse a me cuidar. ela tomaria as providências e faria com que eu voltasse a ser a velha alicye. não liguei. eu nunca ligava pra nada. sempre achei banalidade e no fundo eu odiava o meu velho eu. não deu outra. continue saindo com as mesmas pessoas. fazendo as mesmas coisas. sem dar atenção à minha mãe. sem cuidar de mim. sempre me afundando numa amargura sem fim. rafaella cumpriu o que tinha dito e me internou numa clinica de reabilitação. no começo foi bastante dificil. todos aqueles médicos me segurando pra poderem aplicar remédios que eu nem sabia para que serviam. todos aqueles cheiros estranhíssimos que eu sentia e toda aquela minha preocupação com a minha mãe. eu não sabia como ela estava naquele momento. não podia nem ao menos estar perto dela. fui entrando em depressão. me afundando cada vez mais. eu acordava pela manhã e gritava como uma louca. gritava de raiva. de dor. de solidão. o meu dia parecia ter dez mil horas. minha noite parecia passar rápido demais. eu me sentia uma fracassada. mas procurava tomar os remédios. eu não queria. mas precisava me cuidar. eu ainda tinha a minha mãe. uma velha amiga. e uma vida inteira pela frente. fiquei internada por volta de três anos e meio. sai da clínica e dei de frente com a minha velha mãe. agora em pé. com um sorriso no rosto. com uma cara de felicidade e um ar de orgulho. comecei a chorar desesperadamente. eu tinha acabado com a minha vida. acabado com a vida da minha mãe e nem assim ela tinha desistido de mim. comecei a trabalhar. e logo depois montei uma loja de roupa. tinha clientes de todos os cantos da cidade. e em um desses cantos. descobri marcello. um homem encantador. que me conquistou com um olhar. ele dizia que gostava do meu jeito e que me aceitava. mesmo com todos os meus milhões de problemas. namoramos por cinco anos. e três dias antes do meu casamento. minha mãe teve uns problemas e faleceu de uma forma horripilante. eu. com uma mente ainda infantil. fiquei traumatizada. me vi de frente com o destino. sem minha mãe. sem meu pai. sem meu irmão. sem amigos. só com marcello e seu apoio. nos casamos na data marcada e tivemos um filho. enzzo. agora com três anos e meio. meus problemas nunca deixaram de perturbar a minha cabeça. mas eu aprendi a supera-los. e hoje. posso dizer que sou um alguém completo. não por ter um marido deslumbrante e um filho perfeito. mas por não ter desistido da minha felicidade.
terça-feira, 16 de junho de 2009
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AAAAAAAAAAAAMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI !
ResponderExcluirficou foda o texto, puuuuta criatividade do caralho mano ! parabeeeens, deve ser escritora, na moral HUAHUAUHAHHUAHUUHA.
te amo demais.
a proposito, adorei a ultima frase *-* HAHA
ameeeeeeeei seu texto mel :)
ResponderExcluirconcordo, deve ser escritora mesmo ! haha ..
te amo muito melzinha ♥
ai emocionantee muito lindoo*
ResponderExcluirparabeeeens, deve ser escritora, na moral
ResponderExcluiraeuoaeiuaeioaeua
tá foda *-*